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Estava no check in, no aeroporto de Florianópolis, indo para São Paulo. Vi um rapaz com seu pai, conversando. Escutei que ele estava indo fazer snowbording nos Estados Unidos. Tenho muito interesse por esse esporte e por Ski, pois quando tive a oportunidade de práticar com meu amigo Paul, em Grenoble, na França, amei demais.


O rapaz, parecia um cara muito legal, mas não tive a cara de pau de ir conversar com ele. Já sentado no meu assento, dentro do avião, eis que ele senta ao meu lado.


Porém, estava com a fisionomia um tanto séria, normal, nos dias de hoje. Colocou seus fones de ouvido e ficou na sua. Tirei da minha mochila o livro que carregava cheio de trevos, os envelopes e os corações já recortados, para começar a prepará-los. Ao mesmo tempo, sentia vontade de conversar sobre o snowbording.


Tomei coragem, cutuquei ele, pedindo licença. Ele retirou um dos seus fones, me olhou e falei:
- Que legal que você está indo fazer snowbording, tenho um presente para você levar em sua viagem.


Entreguei um trevo para ele. Ele olhou assim, meio pasmo, sem entender tudo aquilo, mas agradeceu. Voltei a preparar os trevos. Foi quando ele puxou assunto.


-Espera aí, me conta mais sobre tudo isso, o que são esses trevos todos, de onde vem?


Contei a ele sobre como começaram as entregas dos trevos, sobre as histórias de quem tinha recebido e o quanto eu gostava de entregá-los.


Ele disse que trabalhava na empresa de seguros de seu pai, mas que estava procurando novos caminhos para a sua vida.


Fomos conversando durante toda a viagem como se fôssemos velhos amigos.  

É muito curioso perceber como a entrega desses trevos parece uma chave que abre o coração das pessoas, tornando mais fácil as conexões.


Falei sobre as terapias com as quais atendia, sobre meu pai que é astrólogo, sobre minha mãe que atua em uma ONG, Cepagro, que tem vários projetos socias. Trocamos contatos.


Ele falou que tiraria uma foto do trevo nas montanhas dos Estados Unidos. Nesse momento, uma moça que estava no assento da frente, olhou para trás, curiosa com toda a conversa que escutara na viagem, e perguntou se poderia ganhar um trevo. Estava em um momento de transição também, queria sair de Porto Alegre e seguir seu sonho de ir morar na praia.


Assim, ficamos os três conversando. Foi um momento daqueles como se fosse fora do tempo. Sabe?


Muito legal esses encontros que a vida nos proporciona e que, às vezes, deixamos passar por vergonha de conversar com a pessoa ao nosso lado ou por estarmos muito no nosso mundo, sem dar abertura para os outros.


O Raphael acabou se tornando um grande amigo. Fez uma leitura de mapa astral com meu pai, depois foi participar de um curso de Meditação das Rosas, que eu e a Gabi estávamos dando. Fez Renascimento com um outro amigão, o Fábio Manzoli. Há pouco tempo, foi o nosso primeiro hóspede, em nossa nova casa no Caraá, RS.


A vida dele se transformou muito. Saiu da empresa de seu pai, na qual teve muitos aprendizados e foi atuar no TETO, um projeto social incrível.

 

Hoje, está seguindo novos caminhos e fico realmente feliz em fazer parte da jornada desse amigo inesperado que o trevo conectou.

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